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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fontes: o que você precisa saber sobre especificações



Conheça alguns dos principais termos, a diferença entre valores e a importância de atentar para alguns detalhes na hora de adquirir uma fonte de alimentação.



Como o próprio nome sugere, a fonte de alimentação é o componente de onde surge a energia necessária para que as demais peças do computador funcionem. Até aí nenhum segredo. É possível ainda que você tenha uma noção de que a fonte de alimentação desenvolve o importante papel de transformação da energia.
Contudo, você sabe para que serve o PFC, a eficiência, os conectores e tantos outros detalhes de uma fonte? Se você respondeu não para essa pergunta, então recomendamos que leia nosso artigo especial. O Tecmundo elaborou um resumo recheado com as principais informações sobre o assunto. Sendo assim, partamos do aspecto principal: a potência.

Potência

A especificação mais importante de uma fonte é a potência. Normalmente indicada no nome do produto, ela relata a quantidade de “poder” que é fornecida. A potência é medida em Watts (W) e serve para você ter noção de quantos componentes podem ser alimentados.






Assim, fica evidente que uma fonte que forneça 600 W, por exemplo, pode alimentar um computador que necessite no máximo desse valor. Efetuar o cálculo de potência não é muito difícil. Confira na fórmula abaixo como você pode realizar a conta:
[(Corrente na linha de 12 V) x 12 ] + 40 W = Potência da fonte
Basta verificar a quantidade de corrente que ela dispõe na linha de 12 V (por exemplo: pode ser que ela forneça 40 A) e multiplicar esse valor por 12. O resultado se dará em Watts. Por fim, é preciso somar com 40 W — potência presente nas demais linhas.
É provável que você busque informações sobre a potência das fontes apenas quando for adquirir um novo PC (ou uma fonte). Para calcular o valor que uma máquina utiliza pode ser interessante usar uma calculadora de energia — clique aqui para acessar a mais utilizada.

Linhas de 12 V

Os componentes de hardware são fabricados a partir de um padrão. E, de acordo com a instrução internacional, as placas devem trabalhar com uma das seguintes tensões: 12 V, 5 V ou 3,3 V. As fontes, por outro lado, desempenham o papel de interagir com todos os itens, por isso devem fornecer todos os valores de voltagem citados acima.
As fontes atuais já são adaptadas aos componentes de hardware mais modernos. Desse modo, quase toda a potência está nas “linhas” de 12 V. Contudo, para garantir que o produto que você vai adquirir tem alta eficiência e garante correntes altas na linha de 12 V, pode ser válido buscar um modelo compatível com o padrão ATX12V v2.3.

 
A versão 2.3 é a mais recente e assegura que a fonte tem eficiência mínima de 70% nas linhas de 12 V. Isso quer dizer que o produto consome pouca energia para entregar a corrente prometida aos componentes que usam essas linhas. O mais novo padrão ainda garante que a fonte trabalha com CPUs de baixo consumo. E para concluir, fontes certificadas com a versão 2.3 podem prover mais de 20 A por cada linha de 12 V.
Por fim, o último detalhe a ser observado quanto às linhas de tensão é se há apenas uma ou duas linhas de 12 V. Para computadores mais recentes, com componentes robustos (como placas de vídeo de última geração), o recomendado é buscar fontes com duas linhas, visto que assim é garantido que não vai ocorrer superaquecimento e que haverá energia de sobra.

PFC

Muito se fala que ao comprar uma fonte é importante escolher um modelo com PFC ativo. E isso é verdade, porém, talvez você se pergunte o que é exatamente o PFC. O termo, que significa Fator de Correção de Energia, é utilizado para designar o circuito (algumas peças) que a fonte possui para reduzir o consumo de energia reativa extraída da rede elétrica.
A tarefa de uma fonte de alimentação é transformar a corrente alternada (proveniente da rede elétrica) em corrente contínua (para que os componentes possam funcionar). Acontece que cada vez que um novo ciclo de corrente alternada chega até a fonte, origina-se a potência reativa. Ao trabalhar com a energia reativa, a fonte acaba gastando mais energia e reduzindo sua eficiência.

 
Assim, o PFC serve para contornar o problema. Algumas peças adicionadas à fonte conseguem reduzir o problema da energia reativa quase a zero. Existem, no entanto, fontes com PFC ativo e PFC passivo (além das fontes simples, que não trazem o PFC e consequentemente não reduzem o consumo de energia). Vejamos agora as diferenças básicas:

PFC passivo

Fontes com PFC passivo têm eficiência de até 80%, com perda de energia variável entre 20% e 30%. O sistema eletrônico do PFC passivo é composto por alguns indutores e capacitores, que tentam de maneira singular trabalhar com a energia reativa.

PFC ativo

Já as fontes com PFC ativo têm eficiência de até 99%, garantindo uma perda de energia entre 1% e 5%. O PFC ativo é composto por um circuito integrado, diodos e outras peças.

Eficiência

A eficiência é obtida, em porcentagem, ao relacionar a quantidade de energia que a fonte consome com a que ela entrega. O valor rotulado indica o que ela entrega aos componentes do computador, entretanto, a energia necessária para produzir tal potência é sempre superior. Desse modo, se quisermos saber o quão eficiente uma fonte é, precisamos dividir o maior valor pelo menor.



Raramente o fabricante informa o valor necessário para o produto produzir a potência descrita. Assim, se usarmos uma fonte de 600 W, sabendo que sua eficiência é de 86%, é possível calcular a quantidade de energia consumida ao dividir a potência (600 W) pela eficiência (0,86).
Potência / Eficiência = Energia total consumida pela fonte
Com isso, podemos concluir que quanto mais eficiente é a fonte, menos energia ela consome para entregar determinada potência. Caso você esteja buscando uma fonte nova, escolher uma com alta eficiência é muito importante, visto que isso significa economia de energia, redução de temperatura dos componentes e garantia de um produto de alta qualidade.

Proteções

Quando se trabalha com energia elétrica, toda proteção é pouca. E considerando que num mesmo PC é possível ter produtos de alta e baixa qualidade simultaneamente, uma fonte que possa evitar danos aos componentes (e para ela) é importantíssima. Veja algumas das principais proteções:
  • OCP (Over Current Protection): a proteção contra sobrecarga de corrente desliga a fonte quando uma das saídas tenta fornecer uma corrente maior do que aquela com que fonte está programada;
  • OPP (Over Power Protection): a proteção contra sobrecarga de potência desliga a fonte caso a corrente que esteja sendo “puxada” da rede elétrica seja maior do que um valor específico (o qual está diretamente ligado com a corrente necessária para fonte produzir a potência especificada);
  • OVP (Over Voltage Protection): a proteção contra a sobretensão serve para desligar a fonte quando determinada linha de tensão (seja a de +12 V, +5 V ou +3,3 V) fornece uma voltagem acima do regulamentado;
  • OTP (Over Temperature Protection): a proteção contra superaquecimento serve para desligar a fonte quando os componentes estão trabalhando em temperatura elevada. Alguns componentes monitoram a temperatura e caso o valor determinado pela fabricante seja ultrapassado, a fonte será desligada para evitar danos;
  • UVP (Under Voltage Protection): a proteção contra subtensão funciona de modo inverso a OVP. Ela desliga a fonte quando a tensão em uma das linhas está abaixo do que é estabelecido pela especificação ATX12V. Ao contrário da OVP, essa proteção não é obrigatória;
  • SCP (Short-Circuit Protection): a proteção contra curto-circuito desliga a fonte quando algum componente do computador estraga ou em situações em que alguma saída da fonte entra em “curto-circuito”;
  • NLO (No-Load Operation): a operação sem carga é uma proteção mais reconhecida como um requerimento das fontes. Ela serve para garantir que uma fonte pode ser ligada sem que haja um componente requisitando energia.

Conectores

Devido à gama de componentes existentes, foram criados padrões de conectores para a conexão dos dispositivos. Desse modo, um HD possui um conector diferente do que é usado para placas de vídeos. Enfim, ocorre que atualmente existem diferentes “pinos” para cada produto. Abaixo listamos os tipos de conectores presentes nas fontes mais modernas. Confira:

 Conector ATX12V 2.x de 24 pinos: fornece energia para a placa-mãe. Vale salientar que fontes antigas possuem apenas o conector de 20 pinos, pois as placas-mãe da época não requisitavam os 4 novos pinos. Os modelos mais recentes de fonte muitas vezes trazem o conector de 20 pinos e outro de 4 pinos para garantir a retrocompatibilidade;





 Conector 12V de 4 pinos (também conhecido como P4): essencial para que o processador funcione. Esse conector geralmente deve ser plugado próximo da CPU. Alguns processadores utilizam um conector de 8 pinos;

 

 Conector SATA: como o próprio nome sugere, esse tipo de conector é necessário para que HDs e drives do tipo SATA sejam alimentados apropriadamente;

 

 

Conector Molex: utilizado principalmente por HDs e drives mais antigos, esse conector também é utilizado por coolers e outros dispositivos;

 

 


  Conector Berg: extinto nas fontes atuais, esse conector foi o responsável por alimentar os drives de disquete no passado;

 


 Conector PCI Express: esse conector é essencial para a alimentação das placas de vídeo mais modernas. Algumas placas requisitam até dois ou mais conectores desse tipo. No entanto, nem todas as fontes trazem múltiplos conectores do tipo PCI Express. Existem conectores PCI Express com 6 e 8 pinos;

 

Modular ou não modular?

Quem já está pesquisando para comprar uma fonte nova deve ter reparado que existem modelos modulares e outros não modulares. A grande diferença entre esses modelos é que uma fonte modular traz apenas os encaixes paras os cabos, de modo que é possível conectar apenas os cabos que serão utilizados.

 

Já as fontes não modulares trazem os cabos embutidos, os quais ficam sobrando dentro do gabinete. Optar por uma fonte modular é o interessante, ainda mais que ela fornece grandes benefícios quanto à ventilação. Todavia, se você não tiver dinheiro sobrando, adquirir uma fonte não modular não mudará em nada o fornecimento de energia.

Refrigeração

A última informação importante que temos a acrescentar tem relação direta com a temperatura. A refrigeração de uma fonte está basicamente condicionada ao cooler que ela traz para realizar a ventilação dos componentes internos. Ao adquirir uma fonte, é importante observar o tamanho do cooler, o nível de ruído e a quantidade de rotações por minuto.
Fontes mais modernas trazem coolers com mais de 10 cm, os quais giram a aproximadamente 2000 RPM — existem fontes com ventoinhas menores e com rotações acima e abaixo de 2000 RPM. Os níveis de ruído estão cada vez mais baixos, possibilitando que o usuário desfrute do alto desempenho da máquina com uma fonte silenciosa.



Optar por uma fonte bem refrigerada com certeza é uma excelente ideia. Contudo, caso seu orçamento seja limitado, escolher uma fonte mais simples não é a pior atitude que existe ao montar um PC. Vale lembrar, no entanto, que “mais simples” não quer dizer genérica. É sempre importante verificar se o modelo escolhido oferece proteções, alto nível de eficiência e outros detalhes que citamos no texto.

A complexidade das fontes de alimentação

Nosso artigo fica por aqui, no entanto, você pode descobrir muito mais sobre os diversos modelos de fontes que vêm surgindo no mercado. Existem sites específicos que avaliam produtos desse tipo, os quais podem ser interessantes para consulta.
Além disso, você sempre pode usar nosso Tira-Dúvidas para verificar se outros usuários não conseguem sanar sua questão. Esperamos que nosso resumo sobre fontes tenha sido útil e que não tenham faltado detalhes.

Fonte: www.baixaki.com.br


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